Escola de Referência no Domínio da Visão

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O AE de Maximinos é o Agrupamento de Escolas de Referência no Domínio da Visão do distrito de Braga, para  a Educação Pré-Escolar, Ensinos Básicos e Ensino Secundário.
Tem como resposta educativa especializada as seguintes áreas: literacia Braille, orientação e mobilidade, produtos de apoio para o acesso ao currículo e ainda atividades de vida diária e competências sociais.
O agrupamento de escolas dispõe de um corpo docente especializado na área em questão e de equipamentos como leitores de ecrã, software de ampliação de caracteres, linhas e impressora Braille, entre outros. Alberga, ainda, um Centro de Apoio à Aprendizagem e Socialização para a Autonomia- CASA, que permite o desenvolvimento de atividades funcionais ao nível da independência e autonomia.
 

 


A minha experiência na escola de referência tem a ver com a aprendizagem do braille, útil na minha vida pessoal e de estudante, de tecnologias especificas com leitores de ecrã e orientação e mobilidade na escola e fora dela.

Na CASA (Centro de Apoio à Socialização e Autonomia) aprendi a cozinhar e a fazer tarefas gerais de limpeza. Deveria haver mais escolas de referência no país para que os alunos não tenham que vir de longe.

Júlio Coelho, 9º ano


É bom estudar na escola de referência. A maneira dos professores ensinarem é bastante compreensível. Na escola tenho tecnologias e atividades da vida diária que são aulas práticas que gosto de ter.

Pedro Soares, 9º ano


Eu uso lupa e gosto muito de a usar. Uso ainda outros equipamentos como o computador, portanto, eu digo que gosto da escola de referência de Maximinos.

Rui Silva, 10º ano


Há cerca de um ano que fomos apanhados por esta pandemia que veio colocar o nosso Mundo e as nossas vidas do avesso! Todos tivemos que reinventar a nossa forma de viver e de seguir em frente!

Nunca a relação e a colaboração entre a escola, o aluno e a família assumiram um papel tão fundamental. Como encarregada de educação de um aluno de Educação Especial tenho a sorte de experienciar esta proximidade e esta preocupação constante dos professores com o acompanhamento ao meu educando e ao seu trabalho. Naturalmente o E@D traz constrangimentos e nunca poderá substituir o ensino presencial, mas o empenho e a dedicação que sinto nos professores vem amenizar esta situação, que se traduz em relação, aprendizagem e sentido de responsabilidade para o meu educando.

E.E. - Natália Carvalho


Como estudante da escola de referência de Maximinos tenho a dizer que a minha experiência é gratificante, pois estudo desde o primeiro ano de escolaridade, fui aprendendo simultaneamente a leitura e a escrita do braille e a acessibilidade dos computadores, que nós pessoas com deficiência visual felizmente temos.

Também aprendi atividades da vida diária, como por exemplo fazer refeições fáceis e simples. Também me é ensinada a orientação e mobilidade, onde aprendo a deslocar-me e orientar-me em vários locais da cidade.

Miguel Pereira, 10º ano


Foi quando entrei para a escola de referência que aprendi a escrever direito num computador. Aprendi, também, a mexer em diferentes programas que me ajudam na vida enquanto estudante.

Foi aqui que aprendi braille que é importante para mim nas aulas de matemática para resolver exercícios, testes e fichas.

Na escola aprendi muita coisa na CASA (Centro de Apoio à Socialização e Autonomia), aprendi a realizar tarefas da vida diária, principalmente, refeições simples.

Leandro Silva, 11º ano

Escola de Referência no Domínio da Visão - 1º Ciclo

 


Quando me deparei com a Leonor que é uma amiga cega, da escola, no início, a Leonor era um bocadinho estranha para mim, porque ela nunca abria os olhos.

E também ela tinha muitas remelas nos olhos, eu pensava que era uma doença, mas na verdade ela era muito esperta e tem uma memória de um elefante. 

Comecei a ser amigo dela e gostei muito.

David


Posso afirmar que quando vi a Leonor pela primeira vez na minha vida, considerei-a como outra amiga qualquer. Não olhei para a sua cegueira como uma diferença/deficiência.

Para mim a cegueira já fazia parte das minhas amizades, por causa do meu amigo Júlio. Este amigo convive, brinca, toca trompete e até joga futebol. Eu nunca o diferenciei dos outros amigos.

A Leonor consegue fazer tudo o que sonhar, como todas as crianças.

Alex


Quando me deparei com a Leonor  senti-me estranho porque  nunca tinha estado com uma pessoa cega/invisual e não sabia da sua existência.

Eu também não sabia que as pessoas invisuais usavam bengala e que tinham os sentidos tão apurados.

Mas estas pessoas apenas têm uma limitação, que não as torna diferentes das outras pessoas, apenas as torna especiais.

Gonçalo

O Braille

É o sistema de leitura e escrita tátil utilizado por pessoas cegas ou com baixa visão. O Braille recebeu este nome devido ao seu criador, Louis Braille

Luís Braille nasceu em Coupvray, França, a 4 de Janeiro de 1809. Aos 3 anos de idade, quando brincava na oficina de seu pai, feriu‐se num dos olhos, e em consequência de uma infecção que progrediu e se alastrou ao outro olho, levando a que, pouco tempo depois, Luís Braille viria a ficar completamente cego. Mais tarde, quando tinha cerca 10 anos de idade, ingressou na Escola de cegos Valentin Hay onde se destacou na aprendizagem de órgão. Inspirando‐se no código, inventado pelo Capitão de artilharia do exército francês, Charles Barbier de la Serre ‐ que o utilizou para comunicar com os seus soldados em tempo de guerra ‐ Luís Braille concebeu um sistema ao qual foi atribuído o seu próprio nome.


celula braille

Cada célula braille possui 6 pontos de preenchimento, permitindo 63 combinações. Alguns consideram a célula vazia como um símbolo também, totalizando 64 combinações. Deste modo, podem-se designar combinações de pontos para todas as letras, números, pontuação, símbolos matemáticos e químicos, musicografia,...

Cada ponto da célula recebe um número de identificação de 1 a 6, iniciando no primeiro ponto superior à esquerda, e terminando no último ponto inferior à direita, no sentido vertical.

O braille é lido da esquerda para a direita, com uma ou ambas as mãos.

  alfabeto braille

Tecnologias Específicas de Informação e Comunicação

Como escola de referência no domínio da visão temos uma resposta educativa especializada na área das Tecnologias Específicas de Informação e Comunicação.

Os alunos cegos e com baixa visão usam tecnologias para um melhor desempenho escolar.

Alguns poderão precisar apenas de um dispositivo, enquanto outros necessitarão de uma combinação de vários recursos, nomeadamente:

- Computadores com leitores de ecrã e/ou ampliadores de ecrã;

- Linhas braille;
punção
- Calculadoras falantes;

Calculadora falante

Orientação e Mobilidade

mobilidadeOrientação e Mobilidade (OM) pode ser definida como a área curricular específica que tem como finalidade ajudar o aluno cego e/ou com baixa visão a construir o mapa cognitivo do espaço que o rodeia e a deslocar-se nesse espaço, servindo-se para isso de um conjunto de técnicas apropriadas e específicas. Estas técnicas possibilitam definir a sua posição em relação aos objetos, definir e manter a trajetória para chegar a um local determinado. Exigem um conjunto de competências motoras, cognitivas, sociais e emocionais permitindo ao aluno conhecer, relacionar-se e deslocar-se de forma independente e natural em diversos espaços e situações do ambiente.

 Orientação – processo que uma pessoa com deficiência visual usa ao mobilizar os sentidos para o estabelecimento da sua posição e relação com todos os objetos significativos no meio envolvente. Implica por isso que a audição o tato e os resíduos visuais quando existam sejam treinados de forma a fornecerem a informação necessária e possível sobre o local onde nos encontramos e o que temos que fazer para alcançar o local pretendido.
 Mobilidade – capacidade para deslocar-se no meio ambiente, mantendo a direção pretendida. Torna-se assim necessário, manter a marcha sem desvios de modo a poder manter a direção desejada.

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