Hábitos Alimentares E Educação Para A Saúde

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No âmbito das comemorações do Dia Mundial da Alimentação (16 de outubro) e da temática do Projeto Erasmus+ YOU ARE WHAT YOU EAT, foi realizado um estudo em alunos do 6ºano de escolaridade da EB 2/3 Frei Caetano Brandão, Agrupamento de Escolas de Maximinos, sobre os HÁBITOS ALIMENTARES. Verifica-se que a maioria das crianças e jovens revela dificuldades no cumprimento de regras para uma alimentação saudável e sustentável. Perante esta realidade, reflete-se sobre qual o contributo da competência da escola para a educação alimentar dos alunos, integrada na alínea mais abrangente da educação para a saúde. Começo por destacar que chegou recentemente às escolas legislação que condiciona a oferta de produtos alimentares aos alunos, tentando excluir muito particularmente os açúcares. Acontece que a maioria dos alunos traz de casa o lanche do meio da manhã. Quando questionados sobre a composição do referido lanche, verifica-se que 62% dos alunos refere ingerir bolachas ou outros produtos açucarados e sumos artificiais. Destaca-se que 40% dos alunos raramente ou nunca consome sopa, 77% ingere peixe menos de 2 vezes por semana e cerca de 40% privilegia a fast-food (pizzas, hambúrguer, snacks, …) aos fins de semana. De lamentar que 40% dos alunos raramente pratica exercício físico fora do contexto escolar.
Os dados recolhidos são muito preocupantes como facilmente pode concluir-se. Tão preocupantes quanto se sabe que o consumo excessivo de açúcar está diretamente relacionado com o excesso de peso/obesidade, o desenvolvimento de doenças crónicas (doenças cardiovasculares, hipertensão, cancro e diabetes) e a ocorrência de cáries dentárias. É urgente que sejam tomadas medidas que estimulem crianças e jovens a adotar hábitos alimentares saudáveis e sustentáveis, complementados com a prática regular de atividade física. Sabemos também que uma opção saudável e inteligente contribuirá para a diminuição do consumo de açúcar e gorduras e para o aumento da ingestão de produtos hortícolas, fruta e água.
Ora as escolhas alimentares de crianças e jovens estão fortemente condicionadas pelo contexto familiar. Nesse sentido, é imprescindível o envolvimento das famílias na prevenção de comportamentos desadequados e na aquisição de hábitos saudáveis, que se mantenham ao longo da vida.

Vânia Araújo


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