Lembrar para não esquecer/ lembrar para não repetir
No dia 27 de janeiro de 1945, foi libertado o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau Não houve, nem há palavras para descrever o horror vivido naquele e nos outros campos de concentração nazis.
Quando as Nações Unidas escolheram a data como o “Dia Internacional das vítimas do Holocausto”, o “Dia da Memória”, fizeram-no para que nunca se esquecesse a barbárie, mas também para que nunca se mais se repetisse.
Sabemos que, infelizmente, tal não aconteceu. Ao longo dos séculos XX e do XXI, muitas minorias, um pouco por todo o planeta, continuaram e continuam a ser perseguidas:
- o povo curdo e os palestinianos, no Médio Oriente; cristãos assírios, xiitas turcomanos, xiitas shabak, yazidis, kakais e sabean mandaeans pelo estado islâmico;
- a etnia Hazara na província de Ghor, no Afeganistão;
- os uigures, cazaques, na China, em Xinjiang;
- minorias étnicas, incluindo Chin, Kachin, Karen, Rakhine, Rohingya, Shan, Ta’ang e outras em Mynmar;
- na Bulgária, os ataques contra grupos minoritários, nomeadamente emigrantes e pessoas LGBTQ+; tal como aconteceu na Moldávia;
- Durante a Guerra do Kososvo, o rapto e envio para campos de concentração de membros de minorias étnicas e de albaneses;
- Migrantes;
- Povos indígenas da América, desde o Canadá às florestas da Amazónia;
- Judeus;
- Membros da etnia cigana;
- Quénia: pastores Turkana ou Masai;
- Somalis, que à semelhança dos Masai, se encontram disseminados por várias regiões fronteiriças do Corno de África;
- No Mali, os tuaregues;
- No Ruanda, o genocídio em 1994 contra os Tutsi;
- No Botswana, os bosquímanos;
- A tribo tailandesa Karen, das “mulheres girafa”. (…)
É uma longa lista e talvez peque por defeito. Lembremo-nos hoje que alguém, no nosso mundo, está a ser ameaçado, perseguido, ou morto, apenas porque é diferente.
Vídeo: Silencio de Auschwitz
Fotos da exposição sobre o tema
CeD