Orientação e Mobilidade

mobilidadeOrientação e Mobilidade (OM) pode ser definida como a área curricular específica que tem como finalidade ajudar o aluno cego e/ou com baixa visão a construir o mapa cognitivo do espaço que o rodeia e a deslocar-se nesse espaço, servindo-se para isso de um conjunto de técnicas apropriadas e específicas. Estas técnicas possibilitam definir a sua posição em relação aos objetos, definir e manter a trajetória para chegar a um local determinado. Exigem um conjunto de competências motoras, cognitivas, sociais e emocionais permitindo ao aluno conhecer, relacionar-se e deslocar-se de forma independente e natural em diversos espaços e situações do ambiente.

 Orientação – processo que uma pessoa com deficiência visual usa ao mobilizar os sentidos para o estabelecimento da sua posição e relação com todos os objetos significativos no meio envolvente. Implica por isso que a audição o tato e os resíduos visuais quando existam sejam treinados de forma a fornecerem a informação necessária e possível sobre o local onde nos encontramos e o que temos que fazer para alcançar o local pretendido.
 Mobilidade – capacidade para deslocar-se no meio ambiente, mantendo a direção pretendida. Torna-se assim necessário, manter a marcha sem desvios de modo a poder manter a direção desejada.

Os objetivos do programa de orientação e mobilidade nas crianças cegas e com baixa visão são: desenvolver a motricidade global e o domínio do corpo como pré-requisito para a mobilidade; o treino dos sentidos, a construção do respetivo mapa cognitivo; e utilizar com eficácia um sistema de orientação bem como de uma deslocação segura.

A pessoa com deficiência visual pode orientar-se através dos sentidos remanescentes (tato, audição, olfato, visão residual), com um guia normovisual, pode utilizar pontos de referência, pistas no decorrer do trejto, bengala, cão guia, mapa braille, etc…

Técnicas de Orientação e Mobilidade:

Técnicas com guia - São técnicas utilizadas com o deficiente visual para o mesmo andar com máxima segurança, quando estiver acompanhado. Observa-se desde a postura correta de segurá-lo, dentre outras, como: mudança de direção, passagens estreitas, troca de lado, subir e descer escadas, aceitar e recusar ajuda, sentar-se (cadeiras/bancos) e passagens por portas.

Técnicas de autoproteção - São técnicas utilizadas pelo aluno, onde o mesmo usa apenas seu corpo como recurso de proteção e segurança. Entre elas temos: proteção superior, proteção inferior, rastreamento com a mão, enquadramento, tomada de direção, método de pesquisa.

Desenvolvimento da orientação - Sabemos que a locomoção é uma atitude nata do indivíduo, isto é, se não apresentar distúrbios psicomotores e não for estimulado corretamente. Para o deficiente visual ter uma mobilidade segura é importante e necessária uma boa orientação, que é decorrente de alguns fatores, tais como: ponto de referência, pistas, sistema de numeração externa e interna, medição, pontos cardeais, autofamiliarização com o ambiente.

Técnicas com bengala - Dos vários recursos utilizados para a locomoção, a bengala é um dos mais seguros. A bengala tem uma função de proteção, orientação e deteção das informações ambientais captadas por sensações tácteis, têm a função de aumentar o alcance da perna e do braço de um indivíduo com deficiência visual. 

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